Dybala: entre coração e estratégia

Texto por Colaborador: Redação 14/07/2025 - 04:00

"Tchau Série A, até a próxima temporada" – Direto, objetivo. Paulo Dybala optou por encerrar o mercado antes mesmo de começar com uma publicação que selou seu retorno a Trigoria para o início da pré-temporada. É uma decisão que transborda carinho e pertencimento, mas também demonstra confiança no projeto técnico. Porque o argentino na Roma não é apenas um jogador: é uma promessa cumprida, um talento que encontrou um lar onde se sente parte de algo especial. E agora, com Gasperini no comando, certamente terá a oportunidade de continuar brilhando.

Mesmo enfrentando lesões e questões físicas, Paulo provou saber assumir o protagonismo nos momentos cruciais, transformando-se em referência dentro e fora de campo. Tanto é que na temporada 2023/24, finalizou com 13 gols e 9 assistências em 28 partidas, participando diretamente de 35% dos gols marcados pela Roma no campeonato.

Gasperini conhece perfeitamente o valor que um jogador como La Joya pode agregar ao seu sistema. Embora o técnico prefira um jogo de alta intensidade, baseado em pressão e transições velozes, ao olharmos para trás percebemos que nunca abriu mão do talento puro, pelo contrário: basta lembrar do papel desempenhado por Ilicic ou Papu Gómez na Atalanta dos tempos áureos.

Dybala, nesta nova Roma, pode atuar como maestro ofensivo atrás dos atacantes ou como segundo atacante livre para variar, em resumo pode se revelar o eixo da equipe como já fez com todos os técnicos anteriores a Gasp. Quem sabe também dele possamos esperar a famosa frase "A Roma com Dybala é uma; a Roma sem Dybala é outra completamente diferente". A frase se tornou um cult nos arredores de Trigoria.

E se às vezes é verdade que o futebol moderno recompensa quem muda, quem persegue, também acontece que quem escolhe ficar se torna o verdadeiro protagonista. E então sim, Paulo permanece. Mais uma vez. Porque no fundo, tudo nele pede Roma.